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GAMES
Uma Ferramenta Social Poderosa
UM MUNDO ALTERNATIVO
Os jogos eletrônicos vão além do entretenimento. Eles se estabeleceram como uma nova realidade social, onde pessoas de diferentes origens, culturas e idades se encontram para criar, explorar e interagir. Essa forma de entretenimento digital tem se tornado uma poderosa ferramenta de conexão e transformação, proporcionando experiências que transcendem o mundo físico e moldando novas formas de interação social.
Redefinindo a maneira das pessoas se conectarem, os games trazem novas formas de interação, também relacionadas com o físico, ou seja, não possui apenas influência sobre o digital. É importante reforçar sobre como existem habilidades físicas e cognitivas que podem ser desenvolvidas nos jogos e aproveitadas no cotidiano e, para isso, especialistas mostram como isso pode influenciar em diversas áreas profissionais.
OS ENTREVISTADOS
Mike Akama

Mestre pelo Programa de Pós Graduação de Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM. Pós graduado em Psicologia Análitica pelo IJEP Graduado em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda pela ESPM-SP. Pesquisador de mídias digitais, psicologia do consumidor, consumo de bens virtuais e games.

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Graduado em Comunicação Social - Relações Públicas pela Fabico/UFRGS. Estuda jogos, esportes eletrônicos, cultura digital e materialidades da comunicação.
Yago Nascimento

Entusiasta de games desde a infância e criador de conteúdo relacionado a jogos nas redes sociais. É conhecido como Rinno nas plataformas digitais de games.
Leonel Nadal de Oliveira

Graduado em Desenho Industrial - Programação Visual pela Escola de Belas Artes (UFRJ). Possui mestrado em Artes Visuais pela UFRJ e doutorado em Ciências pelo PPGICS da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atua na área de pesquisa e desenvolvimento no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) da Fiocruz. É diretor da Acta Ludica: International Journal of Game Studies e líder do grupo de pesquisa "Jogos e Saúde".
Marcelo de Vasconcellos
Jogos e Saúde
Em 1946, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o conceito de saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Partindo desse conceito, é difícil afirmar sobre o que pode significar quando alguém define o que significa o conceito.
Analisando o que pode ser "saúde", especialistas explicam sobre o quão difícil pode ser assimilar a ausência de doença como ter saúde. Isso chama a atenção de Marcelo de Vasconcellos, pesquisador da saúde em tecnologia e jogos pela Fiocruz, e Mike Akama, pós-graduado em Psicologia Analítica pela ESPM-SP e estudioso na área de psicologia e jogos há mais de uma década.
Mike Akama
Mestre pelo Programa de Pós Graduação de Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM. Pós graduado em Psicologia Análitica pelo IJEP Graduado em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda pela ESPM-SP. Pesquisador de mídias digitais, psicologia do consumidor, consumo de bens virtuais e games.

Existem muitos games e, consequentemente, muitos efeitos diferentes para cada game. Quando falamos de como o cérebro é afetado, de como a gente é estimulado, isso varia de jogo para jogo.
Graduado em Desenho Industrial - Programação Visual pela Escola de Belas Artes (UFRJ). Possui mestrado em Artes Visuais pela UFRJ e doutorado em Ciências pelo PPGICS da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atua na área de pesquisa e desenvolvimento no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) da Fiocruz. É diretor da Acta Ludica: International Journal of Game Studies e líder do grupo de pesquisa "Jogos e Saúde".

Marcelo de Vasconcellos
"No jogo, você pode testar certos comportamentos que no mundo real você não pode fazer, e com isso você ganha uma compreensão maior sobre isso. "
Os games

RPGs e MMORPGs
Um jogo RPG (Role-playing Game, em inglês) é um tipo de jogo em que os jogadores assumem o papel de personagens fictícios e desempenham suas ações, tomando decisões dentro de um mundo imaginário. Um MMORPG (Massively Multiplayer Online Role-playing Game) é uma variação do jogo RPG que pode integrar centenas ou milhares de jogadores em um mundo simultaneamente.
Cabal Online

Imagem: Peachy/Neoseeker
Lançado em 2005 pela ESTsoft, o MMORPG ainda conta com atualizações constantes, tanto de conteúdo quanto gráficas. Leonel explica que começou a jogar Cabal Online em 2008, quando seus amigos recomendaram o jogo. "É uma coisa muito legal, que me conectava com os meus amigos, usava meu game como uma forma de me comunicar sobre a minha vida pessoal e social com eles", argumenta Leonel.
The Witcher 3
Vencedor do "Oscar dos jogos", título reconhecido pela comunidade gamer da The Game Awards, o jogo de RPG teve seu lançamento no ano de 2015. Mike Akama explica como os RPGs podem ter um universo acolhedor e imersivo que entende o que cada jogador busca. "É um tipo de jogo que, quanto mais liberdade você dá para o jogador, mais descobre o que ele gosta de fazer", conclui.

Imagem: Divulgação/CD Projekt Red
World of Warcraft (WOW)

Imagem: Divulgação/Blizzard
Considerado o MMORPG mais bem-sucedido, WOW foi lançado em 2004 e conta com milhares de jogadores enquanto se renova, trazendo conteúdos adicionais. As comunidades criadas dentro do jogo despertam o interesse de do pesquisador Marcelo de Vasconcellos. "Mesmo quando o cara está apenas jogando, ele acaba fazendo algum comentário, ele vai para alguma comunidade, ele quer produzir, ele participa de grupos, participa dentro do jogo, ele vai buscar uma comunidade, ele cria memes", explica.
No jogo, há esse espaço. Enquanto você joga, está interagindo, você está dando a sua contribuição no sistema.

Graduado em Desenho Industrial - Programação Visual pela Escola de Belas Artes (UFRJ). Possui mestrado em Artes Visuais pela UFRJ e doutorado em Ciências pelo PPGICS da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atua na área de pesquisa e desenvolvimento no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) da Fiocruz. É diretor da Acta Ludica: International Journal of Game Studies e líder do grupo de pesquisa "Jogos e Saúde".
Marcelo de Vasconcellos
Entusiasta de games desde a infância e criador de conteúdo relacionado a jogos nas redes sociais. É conhecido como Rinno nas plataformas digitais de games.

Leonel Nadal de Oliveira
Jogando Cabal, eu usava meu game como uma forma de me comunicar sobre a minha vida pessoal e social com meus amigos.
Mike Akama
Mestre pelo Programa de Pós Graduação de Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM. Pós graduado em Psicologia Análitica pelo IJEP Graduado em Comunicação Social com ênfase em Publicidade e Propaganda pela ESPM-SP. Pesquisador de mídias digitais, psicologia do consumidor, consumo de bens virtuais e games.

É um estilo de jogo que tem um universo muito imersivo. Os MMORPGs famosos possuem um universo que fazem com que o jogador esqueça o mundo ao redor.
Aventura
Pokémon
Lançada pela primeira vez em 1998 com os títulos Pokémon Red & Green, a franquia se renova até os dias de hoje. Trazendo novos sistemas e mecânicas de jogo em um mapa mais vivo e amplo, o game ainda conta com o objetivo mais aclamado: capturar todos os monstrinhos. Leonel explica como ele ainda volta a jogar os games antigos da franquia. "O motivo que faz com que eu queira jogar e jogar novamente é justamente o objetivo de capturar todos os pokémon, é esse desafio, é a complexidade de entender onde eles podem ser encontrados", completa.

Imagem: TiLLER/Youtube
Monster Hunter: World
É um jogo baseado em grinding repetição e melhora, explica Mike Akama. "A fundação do grinding é enfrentar o desafio, ser recompensado, e usar essa recompensa do grinding para enfrentar desafios mais difíceis". O game teve seu lançamento no ano de 2018, e tem como objetivo caçar criaturas enormes que ameaçam o ecossistema.
Leonel relembra sobre seus momentos difíceis e de como jogar com seus amigos ajudou a superar o momento de luto na perda de um ente querido.

Imagem: Divulgação/Capcom
Dark Souls
Desenvolvida e publicada pela FromSoftware, a franquia Dark Souls apresenta nível de dificuldade considerável, exigindo reflexos, paciência e estratégia. "A grande genialidade dessa franquia é contar uma história complexa, que pode ser ignorada enquanto joga, como você tem a opção de estudar, de compreender o que está acontecendo naquele mundo, naquele momento", completa Leonel.
Mike Akama explica como esse tipo de game pode ir além. "O grande prazer dos jogadores de souls-like é aperfeiçoar essas habilidades individuais e testá-las no PVP", conclui.

Imagem: Adam Plechaty/Youtube
Segundo a Pesquisa Games Brasil de 2022, 72% dos brasileiros jogam algum tipo de jogo eletrônico, independente da plataforma. Como praticamente qualquer outra mídia, existem jogos para crianças, para adultos, violentos, relaxantes, políticos, e por aí vai.
A maioria dos jogos incentiva o jogo coletivo e outras formas de interação social entre os jogadores, o que significa que jogar algum jogo, mesmo os singleplayer, raramente é uma atividade solitária.
Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Graduado em Comunicação Social - Relações Públicas pela Fabico/UFRGS. Estuda jogos, esportes eletrônicos, cultura digital e materialidades da comunicação.

Yago Nascimento
Música: Alex Productions - No Copyright Music
Um mundo de possibilidades
Conforme o número de jogos digitais nas plataformas aumenta, o número de jogadores também mostra crescimento. Yago Nascimento explica como as desenvolvedoras de jogos utilizam de técnicas do cinema e da literatura nos jogos. "Nos videogames, por exemplo, em relação ao cinema, temos os enquadramentos, as cutscenes como experiências narrativas. Na a literatura, o próprio texto, a construção de diálogos, técnicas narrativas e posição do narrador", esclarece.
"Quando a gente joga, a gente pode ser uma pessoa que tem dificuldade no trabalho, sofre com o chefe, tem problemas no relacionamento. No momento em que estamos jogando, nós somos o herói da história", reflete Marcelo de Vasconcellos, mostrando como os games podem abordar uma forma de empoderar o jogador em momentos difíceis.
Leonel Nadal de Oliveira vive em uma comunidade na zona rural de Passo Fundo com seus familiares. Como forma de aprender e socializar, destaca os MMOs como uma das formas de se comunicar. Durante a pandemia do COVID-19, Leonel começou a fazer lives na Twitch com sua sócia, Eliana, conhecida nas redes como Ranna. "Eu sempre gostei disso, achei muito legal compartilhar com outras pessoas o que eu estava fazendo e isso gerava interação", complementa Leonel. Buscando se inserir cada vez mais na área que gosta, cria conteúdo para um canal no YouTube, ajudando a comunidade do seu MMORPG favorito, Cabal Online e produzindo roteiros sobre uma parte dos jogos que se interessou pela narrativa e jogabilidade.
"Não é algo imposto, é algo natural", conclui Marcelo de Vasconcellos, explicando como um jogo não é algo forçado, mas sim para ser interpretado. Ele explica como o ser humano precisa fazer uso do seu senso crítico, acreditando que é legal o que ele está fazendo. Se relacionar com as pessoas da melhor forma é o que um indivíduo busca fazer, não é algo programado pelo computador.
